A NATUREZA SENTE PENA

Descanso n'areia, suspiro junto aos múrmuros do mar. A espuma atinge os meus pés e tenta me levar à origem dela, não consegue. A brisa repele minh'alma para longe, a água me leva para dentro, a natureza não decide o que fazer comigo.

Gaivotas sobrevoam, as vejo como se fossem urubus, esperando o momento do fechar dos meus olhos.

Aguardo infinito, nunca me terão morto.

Até mesmo o céu, outrora limpo, acinzenta-se e derrama suas lágrimas em mim.

- Sentiram pena, foi?

Lágrimas dela se unem às minhas.

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 28/12/2020
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