A NATUREZA SENTE PENA
Descanso n'areia, suspiro junto aos múrmuros do mar. A espuma atinge os meus pés e tenta me levar à origem dela, não consegue. A brisa repele minh'alma para longe, a água me leva para dentro, a natureza não decide o que fazer comigo.
Gaivotas sobrevoam, as vejo como se fossem urubus, esperando o momento do fechar dos meus olhos.
Aguardo infinito, nunca me terão morto.
Até mesmo o céu, outrora limpo, acinzenta-se e derrama suas lágrimas em mim.
- Sentiram pena, foi?
Lágrimas dela se unem às minhas.