Perdidamente
Cheguei na falésia de madrugada. Deixei o carro no pinhal e desci a pé para a praia. Procurei os meus amigos que dormiam em círculo numa clareira junto ao mar. Abri o meu saco-cama e acomodei-me silenciosamente. Acendi um cigarro, fechei o zíper e olhei para aquela imensidão estrelada, cadenciada pelo som da rebentação. Perdi a noção do espaço e do tempo. Adormecer, não era mais tão urgente e necessário naquele momento. Perdi o sono. Viajei...