O Mensageiro Inesperado
Era mais um início de tarde igual a todos os outros nesse mês de maio de 2020. Acordei, comi qualquer coisa no café e dei um beijo na minha família. Cheguei na janela para olhar o tempo que me parecia nublado e ele estava lá, como se nada estivesse acontecendo.
Despreocupado foi até um dos apartamentos do bloco vizinho e sem pedir bebeu água. Era sempre bem recebido na vizinhança, já se sentia a vontade. Mais adiante parou no local de sempre para espiar o movimento. Fiquei feliz de encontrá-lo e queria que notasse a minha presença, mas ele não deu importância. O amigo que me ignorava, não parecia preocupado com o caos que o mundo estava atravessando ou em ser o centro das atenções.
Fiquei olhando pra sua bela figura, impactado pela imponência e confiança que aparentava apesar do tamanho diminuto. Senti que tudo voltaria a ficar bem e que poderíamos voltar a viver a vida de forma mais leve dentro de pouco tempo. Talvez fosse justamente isso que, com seu exemplo, ele desejasse transmitir.
Com a suavidade que lhe era característica, foi embora batendo as asas em direção a outra rua, para continuar a levar a sua mensagem. Agradeci mentalmente ao pequeno beija-flor pelo inesperado encontro e retomei meus afazeres domésticos. Agora com um pouco mais de esperança.
Era mais um início de tarde igual a todos os outros nesse mês de maio de 2020. Acordei, comi qualquer coisa no café e dei um beijo na minha família. Cheguei na janela para olhar o tempo que me parecia nublado e ele estava lá, como se nada estivesse acontecendo.
Despreocupado foi até um dos apartamentos do bloco vizinho e sem pedir bebeu água. Era sempre bem recebido na vizinhança, já se sentia a vontade. Mais adiante parou no local de sempre para espiar o movimento. Fiquei feliz de encontrá-lo e queria que notasse a minha presença, mas ele não deu importância. O amigo que me ignorava, não parecia preocupado com o caos que o mundo estava atravessando ou em ser o centro das atenções.
Fiquei olhando pra sua bela figura, impactado pela imponência e confiança que aparentava apesar do tamanho diminuto. Senti que tudo voltaria a ficar bem e que poderíamos voltar a viver a vida de forma mais leve dentro de pouco tempo. Talvez fosse justamente isso que, com seu exemplo, ele desejasse transmitir.
Com a suavidade que lhe era característica, foi embora batendo as asas em direção a outra rua, para continuar a levar a sua mensagem. Agradeci mentalmente ao pequeno beija-flor pelo inesperado encontro e retomei meus afazeres domésticos. Agora com um pouco mais de esperança.