Luz da madrugada
Já é madrugada e o sono ainda não chegou para interromper meus pensamentos. Na penumbra do meu quarto, a luz da madrugada, que invade pela minha janela, toma diversas formas e tamanhos. Deitado de costas numa cama companheira, fecho meus olhos e vejo um céu noturno, com pouquíssimas nuvens e bastante estrelado e abaixo de mim há um mar que reflete, de forma clara e dinâmica, o céu acima. Sinto-me suspenso no ar, mas não me sinto leve. Duas forças atuam sobre o meu corpo nesse momento e ambas me puxam para uma escuridão diferente: uma para a profundeza do mar de lembranças e outra para a vastidão do espaço de incertezas. E rapidamente abro meus olhos e volto a observar os feixes que, fracamente, clareiam o meu quarto e a minha mente.