"ELE É MEU PAI - NÃO MATA ELE NÃO"

Jurandir foi ao quintal, sem sua mãe ver.

Pegou um pouquinho do sol de outono, em sua casa em Guadalupe.

Depois entrou em casa e bebeu um copo de refrigerante, e fez tudo isso sem passar álcool nas mãos tão pequeninas, de apenas cinco anos de idade. Saiu da ação direto para o banheiro, ainda sem lavar as mãozinhas, voltou a sala, e deitou no sofá...de repente ele lembrou do que sua avó tinha lhe dito no dia anterior, antes de ela fenecer: - menino lave bem as mãos com sabão e passe álcool em seguida...]

Então ele correu até a pia do banheirinho apertado de sua casinha e lavou as mãos, depois ficou na pontinha dos pés para pegar o frasco de álcool em um armário verde: então escutou uma voz ao longe que disse: - Ele é meu pai - não mate ele não"...o menino procurou em seu entorno por alguém, ou algo, e a voz repetiu mais alto: "Ele é meu pai - não mata ele não"...

O garoto com o susto deixou o álcool cair no chão, e desmaiou em seguida...sua mãe estava na cozinha e nada viu, e microscopicamente um coronavírus adentrou a célula do garotinho de mãos dadas com seu pai...

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 25/03/2020
Reeditado em 25/03/2020
Código do texto: T6897157
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