Uma tal rosa que secou
Eu tava sentada, desenhando, no banco da praça quando você passou na rua que ficava na minha frente. Provavelmente, estava indo ver ela. Fiquei sabendo que mora por essas bandas.
Quase perdi a sanidade quando te vi, queria ir atrás de você, ou mandar uma mensagem falando da saudade que sentia. Mas, preferi continuar sentada no banco da praça desenhando.
Dessa vez, eu tentei desenhar você, segurando aquela rosa que me deu em nosso último encontro.
Parecia que ia durar, né? Parecia até um pra sempre. Mas, não foi. Será que você também dá rosas pra ela? A minha murchou e eu coloquei dentro de um livro pra secar.
Eu sei que já se passaram cinco meses, mas toda vez que olho pra ela, eu lembro exatamente do dia em que você me deu.
Pensei que era um presente pra reforçar o amor, era um presente de despedida. Passei a odiar rosas. Elas me lembram que você partiu. Partiu e seguiu a vida mais rápido do que pude acompanhar.
Te vi passar em frente a praça que eu estava hoje e quase perdi, de vez, minha sanidade. Mas, respirei fundo e me lembrei que assim como a tal rosa, seu tal amor também morreu.