O campo de batalha
Imaginei que aquela provavelmente seria a noite prometida, mas não tinha como evitá-la.
Tudo indicava que seria a batalha mais sanguinolenta de todos os tempos. E foi.
Os inimigos ferozes e sorrateiros avançavam palmo a palmo no campo de batalha e parecia que sairiam vencedores daquela luta corpo a corpo.
Não dava para pregar olhos, pois suas investidas eram frequentes e o calor também contribuía para continuar meio acordado, meio sonolento. Entretanto, não imaginaram que mesmo sendo ágeis, praticamente silenciosos e tendo a vantagem da escuridão acabariam sofrendo algumas baixas e teriam que recuar para só voltar a atacar em uma outra ocasião, talvez num momento em que seu opositor estivesse mais cansado e desprevenido já que a luta fora longa e desgastante.
Amanhecera e lá estavam os corpos dos que não conseguiram fugir, desfigurados, espalhados pelo cenário da guerra. Em vários pontos ainda podia ser visto poças de sangue, o que confirmava a ferocidade do combate.
Agradeci a Deus por ainda estar vivo e saudável, mas a vida continua.
Troquei o lençol da cama e parti para o trabalho com as marcas no corpo da luta travada contra os pernilongos.