Vigésimo sétimo contopoesia ou a chuva levando lugares e lavando lembranças
Não era só a brisa, a música, a praia...
Não eram somente as ruas ilhando a igreja, os amassos escondidos, a pizza vegetariana...
E até o sol clandestino, o sonho frágil, o sexo simulado se diluíam nas árvores, no tempo e na dúvida...
E foi justamente a chuva, a chuva que ela tanto amava, a chuva tão estranha na alma dele, que levou todos os lugares e lavou todas as lembranças.