ERA UMA VEZ
ERA UMA VEZ
As extremidades aos poucos se aquecem, pelos gozos que espalham sementes nas veias de câncer, capricórnio e equador. Os frutos gerados não se proliferam no chão, não tem raízes, caules, folhas ou flores, são frutos tóxicos, providos de tronco, membros e uma cabeça errática, que vai arrasando tudo por onde passa, provocando mutações em estações e fenômenos. Brisas viram furacões, chuvas viram borrascas, frios viram friacas, calores viram ardores. Os frutos vão apodrecendo e gerando outros, cada vez mais podres de sabedoria inútil. A morte virá por afogamento, asfixia ou queimadura, alguns “iluminados” assistirão da lua ou Marte o armagedom, nada lamentarão, apenas dirão, ainda bem que saímos a tempo. Fim.