Entre a dureza e a tara
Não resistiu aos belos seios da morena cujos bicos ameaçavam furar a blusa. Visivelmente perturbado, propôs:
- Dou cinquenta reais por uma pegadinha.
- Seu safado! Tarado! Tá me achando com cara de quê? Vou chamar a polícia!
- Cem!
- Dê pra sua mãe, aquela rapariga!
- Quinhentos!
- Você é doido?
- Dois mil reais!
- Tá certo, mas só uma pegadinha, um minuto.
- Dois!
- Tá bem. Pegar não tira pedaço nem a honra.
Desabotoou os botões da blusa como na música de Roberto Carlos. Suspirou fundo e entregou seus seios ao tarado. Ele, emocionado, apalpava-os com carinho e gritava:
- Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! Ai, meu Deus!
- Por que você fica gritando "ai meu Deus"?
- Ai, meu Deus, onde eu vou arranjar dois mil reais!?