Um lugar chamado liberdade
As ruas estavam desertas, mas ela estava segura ali. Era fim de tarde e ela só ouvia seus próprios passos, o canto dos pássaros e o passear do vento pelas folhas das árvores. O outono se aproximara e haviam folhas caídas pelo chão. Ela só caminhava. Seguia sem rumo, sorrindo pro nada. Vez ou outra ela dançava com o vento e cantarolava alguma canção que gostava. O sol, que se punha, alaranjava o céu e de um lado da imensidão a lua sorria pra ela. Onde ela estava? Nem ela sabia. Encontrou aquele lugar perdido em alguma gaveta de seu cérebro, escondido em suas vagas lembranças. Continuou a caminhar, sem rumo, sem pressa e sem ninguém para lhe acompanhar. Mas, era o melhor lugar que ela poderia estar. Se pudesse definir o local com um nome, definiria como liberdade. Liberdade essa que a fazia infinita e frente a muitos horizontes.