Minha baianidade nagô
Tirou o dia para conhecer São Paulo. Havia seis meses que morava na terra da garoa e só conhecia os botequins do bairro. Pegou um ônibus e deixou se conduzir sem destino. Os ônibus que vão também voltam. Enquanto isso, curtiria a cidade pela janela. O cidadão sentado ao seu lado puxou conversa:
- Você é daqui mesmo?
- Não. Sou baiano.
- Que coincidência! Eu também sou baiano.
- É? de onde?
- Sou de Caruaru, em Pernambuco.
- ?!
Se todos os brasileiros fossem baianos, quiçá, este seria um país mais alegre.