ZANGA NOTURNA

A solidão se retrata na gaiola que se abriu, na fuga deles que antes de se acostumarem partiram. Há um coro que insiste aos meus ouvidos mesmo assim, e tenho que nas altas madrugadas certificar-me de que não voltaram. Como tu, que mesmo não estando deixou sua zanga nos armários que rangem por toda à noite, constrangendo-me na incerteza de que não enlouqueci.

Elias Borges

Elias Borges
Enviado por Elias Borges em 04/02/2019
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