"... porque o que quase foi não pode atrapalhar o que
ainda pode ser.
(...) E de escolhas e de perdas é feita a nossa história. Não há nada que se possa fazer a não ser carregar por um tempo um peso sufocante de impotência: eu escolhi que aquele fosse o último abraço.
Agora é outra que se perde em ombros tão largos, tomara que ela não se perca tanto ao ponto de um dia não enxergar o quanto aquele abraço é o lado bom da vida.
(...) Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê-lo.
(...) Mas a realidade é que não gostamos desses tipos de filme fraco com final feliz, gostamos dos europeus "cult" onde na maioria das vezes as pessoas sofrem e perdem..."
Ser discreto... Apenas isso
Será, era ou é isso mesmo?
Deixou as sandálias junto à porta. Quase adentrou o espaço pisando bem de levinho. Com muita cautela, com muito cuidado para não fazer barulho algum. Quis que o silêncio fosse maior, que a paz reinasse naquele lugar misterioso. Escolheu a hora certa onde os passarinhos já haviam se recolhido. Celular desligado e coração tranquilo. A respiração sossegada. Nada era mais importante do que a intenção pretendida... Mas a sensação de vazio, de ausência não estava prevista, embora atormentasse. Parecia dominar junto ao receio de que algo pior estivesse prestes a acontecer:
O abandono, a perda... aquela atmosfera sugeria isso mesmo.
No local reinava o silêncio...
Ninguém havia ali que pudesse dar qualquer informação.
De repente, não era uma procura, não era nenhuma busca, não era um encontro... talvez um mito... não!
Apenas uma miragem.
Quase imperceptível, em letras meio ilegíveis, foi como se enxergasse:
"Não atrapalhar... essa é a "saída".
O pensamento deu voltas.
Esteja onde estiver... que a paz o abrace, o envolva e seja o manto sagrado todos os dias!
Família "Recanto das Letras"!!
Bom dia lindo de viver, dia de lutar, criar e recriar, chorar, refletir, sorrir e ser feliz!!!
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