PARE, OLHE, ESCUTE ! . . .
Já passava da metade da década de setenta. Éramos cinco colegas de trabalho comemorando uma promoção coletiva. Choparia na Conde de Bonfim - Tijuca - Rio de Janeiro. Local bem movimentado, cerca de oito da noite. Muita conversa animada, embora os olhares se voltassem mais para o vaivém das pessoas na calçada.
Vimos um jovem motoqueiro - de não mais que dezessete anos - parar seu veículo e oferecer carona à namoradinha que por ali passava, ou passeava. Conversam um pouco. Ela aceita a carona. Acho que, à época, não havia, ainda, a obrigatoriedade do uso de capacete de segurança, ou, por outra, a fiscalização podia estar sendo negligenciada. Ele, cavalheirescamente, põe o seu capacete na cabeça da querida princesa. Fica desprotegido porque quis protegê-la, claro!... Enquanto conversávamos potocas, admirávamos o gesto cortês do simpáico jovem.
Motor ligado, conduz, com toda segurança, a motocicleta até a faixa de trânsito correta. Aguarda o sinal verde do semáforo. Namoradinha enlaçada na sua cintura, aguardando a partida.
Muda o sinal. Tudo verde. O jovem motoqueiro confia que todos obedecem à sinalização e dá a partida...
Uma fatalidade. Arrasta-o um ônibus saído da rua perpendicular, cujo motorista, em relativa velocidade, tentava, imprudentemente, aproveitar o sinal amarelo de "atenção".
Somente a jovenzinha se salvou, graças à proteção que o namorado lhe proporcionara cinco minutos antes de perder a vida.
Malgrado as circunstâncias, uma prova de amor.
Muda o astral de nossa comemoração. Tudo vermelho... Comovidos, demos partida de volta para nossas tocas.
Ainda hoje lamentamos essa infeliz e brutal ocorrência sob nossos olhares.
Já passava da metade da década de setenta. Éramos cinco colegas de trabalho comemorando uma promoção coletiva. Choparia na Conde de Bonfim - Tijuca - Rio de Janeiro. Local bem movimentado, cerca de oito da noite. Muita conversa animada, embora os olhares se voltassem mais para o vaivém das pessoas na calçada.
Vimos um jovem motoqueiro - de não mais que dezessete anos - parar seu veículo e oferecer carona à namoradinha que por ali passava, ou passeava. Conversam um pouco. Ela aceita a carona. Acho que, à época, não havia, ainda, a obrigatoriedade do uso de capacete de segurança, ou, por outra, a fiscalização podia estar sendo negligenciada. Ele, cavalheirescamente, põe o seu capacete na cabeça da querida princesa. Fica desprotegido porque quis protegê-la, claro!... Enquanto conversávamos potocas, admirávamos o gesto cortês do simpáico jovem.
Motor ligado, conduz, com toda segurança, a motocicleta até a faixa de trânsito correta. Aguarda o sinal verde do semáforo. Namoradinha enlaçada na sua cintura, aguardando a partida.
Muda o sinal. Tudo verde. O jovem motoqueiro confia que todos obedecem à sinalização e dá a partida...
Uma fatalidade. Arrasta-o um ônibus saído da rua perpendicular, cujo motorista, em relativa velocidade, tentava, imprudentemente, aproveitar o sinal amarelo de "atenção".
Somente a jovenzinha se salvou, graças à proteção que o namorado lhe proporcionara cinco minutos antes de perder a vida.
Malgrado as circunstâncias, uma prova de amor.
Muda o astral de nossa comemoração. Tudo vermelho... Comovidos, demos partida de volta para nossas tocas.
Ainda hoje lamentamos essa infeliz e brutal ocorrência sob nossos olhares.