INSÔNIA
O visor do relógio marcava a alta madrugada. Levantou-se e foi ao banheiro, um gesto banal de quem foge do tempo para fugir de si mesmo. Lavou o rosto, olhou - se no espelho. Já era um jovem senhor e o amor estava lá, bem atrás do cristalino, na imagem dela, a menina de seus olhos que por medo estava prestes a perder. Voltou para o seu lado da cama de onde ouvia a respiração de alguém. Deitou-se em seu canto, agarrando - se ao travesseiro que silenciosamente recebia uma lágrima a escorrer.