O Mau Ladrão da Cruz
Agesta é levado diante do Rei por dois anjos. Um terceiro alado lê em voz alta seus crimes. Agesta não pode levantar os olhos diante do homem de quem caçoou na cruz onde os dois morreram. Depois que todos os seus crimes são lidos, cada pequeno delito cometido durante toda a sua vida até a sua morte na cruz, ele espera a sentença, mas ela não vem. Como na cruz, o Rei não fala com ele.
O ladrão finalmente consegue olhar o Rei nos olhos. Está furioso.
- Por favor. - O ladrão pede a um anjo. - Tire-me daqui. Jogue-me em qualquer prisão, em qualquer cova, mas apenas me tire daqui.
E Agesta é levado. Não importa seu destino, não importa sua condenação: os segundos após sair da presença do Rei trazem um alivio tão grande que facilmente são os segundos mais prazerosos de sua vida.
(escrito em 12/01/2014)