PORÃO

Gastava as horas flanando pelos cômodos da casa esquecida. Era no porão que passava mais tempo. Ali estavam as marcas de sua existência solitária, que sempre a emocionavam quando recordadas. Depois, aproximava-se daquele copo vazio e beijava, sentindo ainda o gosto do veneno, seu crânio gelado.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 05/01/2018
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