DOR

Noite na sangria urbana. Na trilha que leva ao covil dos festins genitais, o moço procura outro réu que o conceda ao prazer. Casou-se, teve filhos, sem pensar no que fazia, no que queria. Finalmente cansou de sentir-se bandido por seus desejos secretos. Dói; mas está acostumado, tudo sempre lhe doeu. Só que a dor de agora o agrada, é dor de ser de verdade.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 13/11/2017
Reeditado em 12/09/2019
Código do texto: T6170377
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