DOR
Noite na sangria urbana. Na trilha que leva ao covil dos festins genitais, o moço procura outro réu que o conceda ao prazer. Casou-se, teve filhos, sem pensar no que fazia, no que queria. Finalmente cansou de sentir-se bandido por seus desejos secretos. Dói; mas está acostumado, tudo sempre lhe doeu. Só que a dor de agora o agrada, é dor de ser de verdade.