CATAPULTA
Sobre a cama rodeada pela prole em burburinho, o velho moribundo se ardia por dentro ao observá-la, com suas dissimulações e futilidades se digladiando afavelmente entre si. Não se contendo, quebrou a pedra que guardava seu silêncio e disparou reprimendas engolidas por anos, em todas as direções, tal catapulta desgovernada. Depois, exausto, findou-se, dizendo apenas: “Que vergonha!”