Ora, não foi nada
Ao ouvir o som do celular tocando, ele não teve dúvidas: Sinalizou e parou. Tirou o celular do bolso e sorriu ao ver quem era: seu filho.
Estava distraído falando ao celular quando o som da porta do carro se abrindo fez com que ele desviasse a atenção e se voltasse para ver o que estava ocorrendo. Seus olhos se depararam com um par de olhos assustados o olhando:
-Desculpe. Eu estava esperando meu sobrinho chegar, não sei qual é o carro dele, aí quando vi seu carro parar, pensei que fosse ele.
-Ora, não foi nada.
Ele olhou para a velha senhora diante dele toda sem graça, desconcertada o olhando. Na calçada uma outra senhora também olhava em sua direção e, quando ele a olhou ela falou:
-Eu até tranquei a casa, olhe!
(Ela disse mostrando a chave para ele). Nisso um outro carro parou atrás do dele.
-Ah! Agora deve ser meu sobrinho.
As duas senhoras caminharam apressadamente até o outro carro e acenaram.
Ele pensou: preciso lembrar de apertar a trava, hoje foram as duas senhoras, outro dia pode ser alguém perigoso.