Aventura na Serra do Retiro
Leon e Murilo sugeriram a trupe, ir ao topo da Serra do Retiro. Lá do alto teriam uma visão esplêndida. Isaías recusou-se, ao observar a distância e a subida: - Não tenho mais idade para certas aventuras - desculpou-se. A Maga e os demais, animaram-se: - Mas como chegar até lá? - perguntou Suzana. Abraçada ao Lima, Jerusa quis saber sobre cobras venenosas. Regina sorria, enquanto Jerusa e Naja providenciavam água e lanches. - A gente leva vocês lá, prontificou-se Murilo, com olhar cúmplice ao amigo Leon, ambos interessados em conquista amorosa. - Você vem com a gente, Arnóbio? Mas ao menos dê um sorriso como resposta - arguiu Flávia. Obviamente que ele iria, apesar de, contraditoriamente, sentir-se parte inorgânica da vida.
Munidos de lanches e água, iniciaram a trilha. Ao pularem o muro de pedras, depararam com um bando de anus. Sob a sombra de uma árvore frondosa, descansaram, alguns sobre o muro. A Naja e a Maga preferiram investigar o hábito dos anus. Descobriram um ninho: - Coisa mais linda estes ovinhos - exclamou a Maga. - Não toque neles - interveio a Naja -, deixe a natureza em paz, pode ser que os anus abandonem o ninho, caso percebam... - Entendi, Naja, concordo -. Leon e Murilo confabulavam com Regina e Jerusa. Arnóbio sentara-se, encostado ao tronco da árvore, imerso em seus pensamentos. Em seguida os guias improvisados convidaram a trupe a continuar a caminhada. Suzana estava entusiasmada:
- Seria interessante a prefeitura fazer um projeto de turismo ecológico aqui. Não sei como, quem sabe construir uma trilha com calçamentos de pedras, como as da Serra São José.
- É uma ideia, mas lá, creio, foram os escravos que deram suor e sangue - concordou Leon, de mãos dadas com a Regina.
- Ah, não sei, com o turista, vem o lixo, detonando tudo, - contrapôs a Flávia.
- Verdade - concordou Murilo -, mas o turista ecológico, geralmente é educado. Respeita o meio ambiente. As escolas estadual e municipal se preocupam com a educação ambiental dos alunos. E a prefeitura cuida da coleta seletiva. Pena não termos uma ETE.
- Pena mesmo é não ter uma cachoeira - interrompeu Leon.
- Nem só de cachoeiras vivem os turistas - respondeu Arnóbio.
- Nossa, o homem fala - ironizou a Maga.
Descontraídos, chegaram ao topo, de onde avistaram São João del Rei, Resende Costa, Santa Cruz de Minas, Ritápolis, fazendas, animais pastando...
- Vocês querem cachoeira?, vejam ali - disse Leon, apontando com o dedo, o povoado de Cachoeira. E completou rindo: - É o nome do povoado. Segundo as irmãs Ane Paola e Lia, tem uma cachoeira lá, mas numa área particular.
O vento agitava as folhas e os cabelos dos trilheiros, produzindo uma imagem poética, que não escapou ao olhar e a câmera de Maga. Os longos cabelos negros de Regina esvoaçavam no topo da Serra do Retiro. O Lima abraçou-a suavemente por trás. A natureza pintara uma tela de rara beleza, emocionando a todos.
- Esta imagem valeu a caminhada - disse Arnóbio, com os olhos marejados.
Em seguida desceram a serra num silêncio sagrado, transcendente.
Da série Outras Espécies
Imagem: Google - Coronel Xavier Chaves - MG - ao fundo a Serra do Retiro.
Pesquisa:
O anu-preto, também chamado anum-preto, é uma ave que ocorre da Flórida à Argentina e em todo o território brasileiro. Gosta de sol e toma banho na poeira (...)
Vive nas paisagens abertas com moitas e em capões entre pastos e jardins (...) Sempre anda em pequenos bandos de cinco a sete indivíduos que voam de um lugar para o outro, sempre saindo primeiramente o líder.
Alimenta-se de artrópodes como gafanhotos, percevejos, aranhas, miriápodes e pequenos vertebrados como lagartixas e camundongos, peixes, capturam pequenas cobras e rãs; periodicamente comem frutas, bagas, coquinhos e sementes (...)
Põe de quatro a sete ovos de cor azul-esverdeada com uma camada calcária. (...) Os ninhos são feitos de ramos, folhas, geralmente são coletivos e auxiliados pelos machos e filhotes das crias anteriores.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Anu-preto
Leon e Murilo sugeriram a trupe, ir ao topo da Serra do Retiro. Lá do alto teriam uma visão esplêndida. Isaías recusou-se, ao observar a distância e a subida: - Não tenho mais idade para certas aventuras - desculpou-se. A Maga e os demais, animaram-se: - Mas como chegar até lá? - perguntou Suzana. Abraçada ao Lima, Jerusa quis saber sobre cobras venenosas. Regina sorria, enquanto Jerusa e Naja providenciavam água e lanches. - A gente leva vocês lá, prontificou-se Murilo, com olhar cúmplice ao amigo Leon, ambos interessados em conquista amorosa. - Você vem com a gente, Arnóbio? Mas ao menos dê um sorriso como resposta - arguiu Flávia. Obviamente que ele iria, apesar de, contraditoriamente, sentir-se parte inorgânica da vida.
Munidos de lanches e água, iniciaram a trilha. Ao pularem o muro de pedras, depararam com um bando de anus. Sob a sombra de uma árvore frondosa, descansaram, alguns sobre o muro. A Naja e a Maga preferiram investigar o hábito dos anus. Descobriram um ninho: - Coisa mais linda estes ovinhos - exclamou a Maga. - Não toque neles - interveio a Naja -, deixe a natureza em paz, pode ser que os anus abandonem o ninho, caso percebam... - Entendi, Naja, concordo -. Leon e Murilo confabulavam com Regina e Jerusa. Arnóbio sentara-se, encostado ao tronco da árvore, imerso em seus pensamentos. Em seguida os guias improvisados convidaram a trupe a continuar a caminhada. Suzana estava entusiasmada:
- Seria interessante a prefeitura fazer um projeto de turismo ecológico aqui. Não sei como, quem sabe construir uma trilha com calçamentos de pedras, como as da Serra São José.
- É uma ideia, mas lá, creio, foram os escravos que deram suor e sangue - concordou Leon, de mãos dadas com a Regina.
- Ah, não sei, com o turista, vem o lixo, detonando tudo, - contrapôs a Flávia.
- Verdade - concordou Murilo -, mas o turista ecológico, geralmente é educado. Respeita o meio ambiente. As escolas estadual e municipal se preocupam com a educação ambiental dos alunos. E a prefeitura cuida da coleta seletiva. Pena não termos uma ETE.
- Pena mesmo é não ter uma cachoeira - interrompeu Leon.
- Nem só de cachoeiras vivem os turistas - respondeu Arnóbio.
- Nossa, o homem fala - ironizou a Maga.
Descontraídos, chegaram ao topo, de onde avistaram São João del Rei, Resende Costa, Santa Cruz de Minas, Ritápolis, fazendas, animais pastando...
- Vocês querem cachoeira?, vejam ali - disse Leon, apontando com o dedo, o povoado de Cachoeira. E completou rindo: - É o nome do povoado. Segundo as irmãs Ane Paola e Lia, tem uma cachoeira lá, mas numa área particular.
O vento agitava as folhas e os cabelos dos trilheiros, produzindo uma imagem poética, que não escapou ao olhar e a câmera de Maga. Os longos cabelos negros de Regina esvoaçavam no topo da Serra do Retiro. O Lima abraçou-a suavemente por trás. A natureza pintara uma tela de rara beleza, emocionando a todos.
- Esta imagem valeu a caminhada - disse Arnóbio, com os olhos marejados.
Em seguida desceram a serra num silêncio sagrado, transcendente.
Da série Outras Espécies
Imagem: Google - Coronel Xavier Chaves - MG - ao fundo a Serra do Retiro.
Pesquisa:
O anu-preto, também chamado anum-preto, é uma ave que ocorre da Flórida à Argentina e em todo o território brasileiro. Gosta de sol e toma banho na poeira (...)
Vive nas paisagens abertas com moitas e em capões entre pastos e jardins (...) Sempre anda em pequenos bandos de cinco a sete indivíduos que voam de um lugar para o outro, sempre saindo primeiramente o líder.
Alimenta-se de artrópodes como gafanhotos, percevejos, aranhas, miriápodes e pequenos vertebrados como lagartixas e camundongos, peixes, capturam pequenas cobras e rãs; periodicamente comem frutas, bagas, coquinhos e sementes (...)
Põe de quatro a sete ovos de cor azul-esverdeada com uma camada calcária. (...) Os ninhos são feitos de ramos, folhas, geralmente são coletivos e auxiliados pelos machos e filhotes das crias anteriores.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Anu-preto