BALA PERDIDA

BALA PERDIDA

Sentado na porta de casa, o menino chupava uma bala, lambuzando-se em seu doce açúcar. Súbito, tiros. Uma bala perdida, amarga, sem açúcar, acha-o. O que era doce se acaba e uma saliva vermelha, escorre de sua boca, que fecha-se para sempre. Não haverá mais doce, não haverá mais bala, apenas um gosto amargo que abala, os que desfrutavam da doce presença do menino.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 08/06/2017
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