BALA PERDIDA
BALA PERDIDA
Sentado na porta de casa, o menino chupava uma bala, lambuzando-se em seu doce açúcar. Súbito, tiros. Uma bala perdida, amarga, sem açúcar, acha-o. O que era doce se acaba e uma saliva vermelha, escorre de sua boca, que fecha-se para sempre. Não haverá mais doce, não haverá mais bala, apenas um gosto amargo que abala, os que desfrutavam da doce presença do menino.