Clara

Não sabia bem se era isso ou se era aquilo, sabia que o era. Não aceitava. Suportava. Mesmo assim sempre se via dizendo pelos quatro cantos do mundo a que veio.

Dentro de suas vagas certezas, a única que não calava: suportava e se impunha, não forçando a barra!

Clara não se deixava enganar. Enganava-se para não perder o charme do engano. E quanto menos certezas pensava que tinha, menos certezas realmente tinha do que vinha a ter sido.

Clara só foi clara!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 09/01/2017
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