ALICE E A SOMBRA
A solidão costumava rir debochada de sua cara. Desde criança, Alice sentira o peso daquela sombra. Com o passar dos anos — e lugares vazios à mesa —, os risos haviam se tornado ainda mais sarcásticos. Alice era apenas raiva, revolta e tristeza até o dia em que o vulto nefasto surgiu com o sorrisinho provocador, e ela disse:
— Solidão, agora somos só nós duas.
Nunca mais a sombra apareceu.
(*) IMAGEM: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net
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