ONÍRICO

Prisioneiro de um corpo cansado, sonha criar asas. Como Ícaro. Para planar acima dos homens e dos dias normais.

No entanto, a vida e suas responsabilidades o trazem ancorado ao nível do mar. Ele sofre. Sua mente, entretanto, não tem amarras. Toda noite saí a visitar mundos e tempos distantes. Na lógica contrária à racionalidade dos relógios.

Lá ele encontra seu refúgio, seu éden particular. Nessas idas e vindas, constrói-se uma vida. Que pulsa e espera. Quem sabe um mundo novo. Ou o sono sem cores e sons.

Ricardo Mainieri
Enviado por Ricardo Mainieri em 05/12/2016
Código do texto: T5844359
Classificação de conteúdo: seguro