ONÍRICO
Prisioneiro de um corpo cansado, sonha criar asas. Como Ícaro. Para planar acima dos homens e dos dias normais.
No entanto, a vida e suas responsabilidades o trazem ancorado ao nível do mar. Ele sofre. Sua mente, entretanto, não tem amarras. Toda noite saí a visitar mundos e tempos distantes. Na lógica contrária à racionalidade dos relógios.
Lá ele encontra seu refúgio, seu éden particular. Nessas idas e vindas, constrói-se uma vida. Que pulsa e espera. Quem sabe um mundo novo. Ou o sono sem cores e sons.