Vaga de deficiente

No estacionamento do banco havia apenas um lugar vago, porém nele havia “aquele” desenho que indica que a vaga é para deficiente, mas enquanto Maria esperava que desocupasse outra vaga (pois ela não era deficiente), um carro chegou e ocupou a vaga de deficiente. Uma mulher de meia idade estacionou e desceu do carro.

Maria e o marido olharam para ver qual era a deficiência da mulher, contudo, a mulher andou normalmente: não mancou, não andou torta, nada nela indicava alguma deficiência. A mulher andou normalmente, sem sequer perceber que era observada. Ai aconteceu algo que a mulher não esperava:

O marido de Maria que aguardava uma vaga desceu do carro, caminhou atrás da mulher e falou:

- Hei moça! Onde está sua carteirinha de deficiente?

A mulher fez de conta que não escutou e andou apressada.

O marido de Maria então falou alto para que as pessoas que passavam também ouvissem:

-Moça, você não é deficiente. Só é um pouco gorda e gordura não é deficiência, no Brasil a maioria das pessoas é gorda.

Maria ficou com vergonha com o vexame que o marido estava dando, pois pessoas que assistiam aquilo tudo começaram a filmar e rir.

A mulher entrou numa padaria próxima ao banco e lá ficou (deve ter saído só depois que Maria e o marido foram embora), mas deve ter servido para que ela nunca mais ocupe uma vaga que não seja dela.