Insônia
 
 
                  
                         Tomei um comprimido para dormir. No tempo que tinha João não precisava de droga nenhuma. Dormia bem com o corpo cansado. Temo que o comprimido não faça efeito.

             Outra noite saí da cama, eram duas horas da madrugada. Atravessei a rua, acordei a vizinha; bati na janela, ela abriu. Risco de ser confundida com ladrão — por que não o sou?  Depois não dormi mais, presa no calabouço das torrentes que me agitavam. 

                    Vou fazer o que bem entender de meu corpo inútil, meu único bem inalienável, ou meu mal...



Fheluany Nogueira
Enviado por Fheluany Nogueira em 12/09/2016
Reeditado em 03/06/2017
Código do texto: T5758897
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