Embriaga-me à minha Dó...
Uma dançarina da noite, vulgo stripper, retoca sua maquiagem para sua performance... um show de exibição alheia de si. Ana apenas faz, extremamente irritada; mas era o único caminho que conhecia pra ter o dinheiro que financiasse seus estudos.
Ana sempre se ver em quase colapsos do seu caminho tomado; ao seu modo, não lhe resta mais nenhuma outra via... drogar-se para ela, é da suporte aquilo que a desagrada demasiadamente; então, em desespero corriqueiro, ela foge desse mundo de lâminas; pega seus instrumentos de abstração, injeta na veia que é ligada até o sol de sua persona, sabe o que bem lhe acalma, principalmente nessas condições.
Logo depois de 5 minutos, algumas vezes 5 min. e 45 seg. Ana abre os olhos, suas íris contraem pelas luzes fortes do camarim, e suas glorias fajutas que não lhe convencem mais; ela se ver e sabe que está pronta, e vai fazer seu show da melhor forma conforme lhe pagam.
Ana deixa sua droga, o seu calmante pra quem quiser usufruir. Mas ela sabe que ninguém jamais tocou em seu emulador de emoções particulares, o seu adesivo anestésico. Não porque eles a respeitam, ali ainda não há quem já ousou tocar em seu Sony Xperia com o replay de Bachiana nº 5 de Villa Lobos, o seu dever de casa em ensaios gravados no seu violino barato.