A Rosa e o Pardal

No alto daquela colina no bosque, o rústico vento continuava a fustigar a roseira moribunda em um dia frio de inverno.

No alto da Roseira pendia uma linda Rosa que desabrochara há alguns dias, e permanecia firme, apesar das intempestivas rajadas de vento tentar arranca-la...

Por fim, sentiu-se cansada, e naquele frio inebriante que soprava, não conseguia mais resistir ao vento, algumas pétalas começaram a voar...

Um pardal que se escondia num galho de arvore viu a rosa que desvanecia com o vento, logo chegou-se a ela e disse:

-Você é tão linda, não quero que morra!- disse ele tristonho

A Rosa apenas o olhava com ternura, enquanto o vento sibilante e frio soprava, arrancando mais uma pétala[...]

Pensando em salvar a Rosa, o Pardal se pôs diante dela e voltando-se para o lado do vento frio e congelante, abriu suas asas ao máximo,

imaginava ele que assim poderia barrar o vento e o frio que atingia a Rosa e também aquece-la com o seu calor [...]

No inicio do crepúsculo daquela noite, a neve precipitou-se mais intensamente; sentindo o frio congelar seus ossos o Pardal deu uma ultima olhada na Rosa, e ela se esforçou para toca-lo [...]

Dias mais tarde, no final do Inverno, o sol ressurgiu entre nuvens e as crianças foram brincar no bosque.

Encontraram algo que imaginaram ser uma escultura congelada, mas linda e suntuosa, o Pardal de asas abertas, com a cabeça voltada para trás, beijava ternamente a linda Rosa.

***Fim***

Mario B Duran
Enviado por Mario B Duran em 15/07/2016
Reeditado em 15/07/2016
Código do texto: T5698461
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