ÚLTIMA PÉTALA
Seguia-a em meio à multidão encapotada. Meus velhos e surrados tênis desviavam das poças d'água, num balé nada gracioso, tentando não perdê-la. Quando a alcançamos éramos pouco que mais que um farrapo humano empapado por água e suor. Esbocei meu melhor sorriso e ergui as mãos: a última pétala de papel crepom mantinha -se presa ao suporte de arame.