FUNERAL ÀS 23:00h

A rua estava deserta, escura. Olhava desdenhosa para os ramalhetes enfeitando o lugar. Nunca gostou de flores.

Em frente à porta de madeira ela verificava o relógio, uma... duas... três vezes. Girou a maçaneta e em segundos a porta batia a suas costas quebrando o silêncio mortuário. Na sala todos a fitaram incrédulos, olhos arregalados, bocas escancaradas... Paralisados.

Ninguém a esperava em seu próprio velório.

Eliane Verica
Enviado por Eliane Verica em 10/04/2016
Código do texto: T5601207
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