NUNCA

“Nunca serei sua princesa”, disse e saiu decidida naquele corpo magro e insinuante que tanto o endemoniara. Chorou solitário o dissabor do “adeus” platônico. Sentiu uma forte dor invadir-lhe o peito. Talvez não fosse uma dor de paixão. Era dele, particular, e não de sentimento repartido. Os olhos vidraram num céu de luz abrasante. Nunca fora príncipe de ninguém.

Cleo Ferreira
Enviado por Cleo Ferreira em 18/03/2016
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