NUNCA
“Nunca serei sua princesa”, disse e saiu decidida naquele corpo magro e insinuante que tanto o endemoniara. Chorou solitário o dissabor do “adeus” platônico. Sentiu uma forte dor invadir-lhe o peito. Talvez não fosse uma dor de paixão. Era dele, particular, e não de sentimento repartido. Os olhos vidraram num céu de luz abrasante. Nunca fora príncipe de ninguém.