MEDO
O dedo louco de um deus pagão me apontou em meio à multidão. Com contorções verbais quis driblá-lo. Alguém na roda de curiosos reforçou, num discurso furioso, as acusações animalescas. Cravei olhos incendiários naquela turba cada vez mais virulenta e rezei ao meu Deus para que ninguém pronunciasse a palavra mágica.