Agora Ponto

- É ponto! É ponto! É ponto!

Gritou um Ponto em meio a outros Pontos naquela página. Os Pontos de outras páginas ficaram encasquetados com os gritos de pontos daquele Ponto na página cheia de pontos. Pintou o Ponto interrogação:

- Será que aquele Ponto está sonhando? Ponto maluco.

- Cê tá louco! Um Ponto não dorme. Nunca! - manifestou o Ponto de exclamação e afirmou – Se um Ponto dormir as palavras perdem o freio. O texto torna-se descompromissado. Perde as estribeiras. Perde o sentido, elegância, charme, …

- Acalmem Pontos! - gritou um Ponto perdido noutra página. E continuou – precisamos chegar até aquele Ponto e descobrir o que aconteceu. Atravessar capítulos. Pular de ponto em ponto até chegar ao Ponto que gritou “É ponto” e pronto. E ponto final.

Cláudio Francisco
Enviado por Cláudio Francisco em 10/02/2016
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