O Abraço do Jacaré

Jogava o anzol com isca (pedacinhos de minhocas) ao rio, imediatamente a linha zeguezagueava, eu puxava a vara, para fisgar o peixe e o anzol voltava vazio. Enquanto isso as horas passavam e Arnóbio me lançava um olhar irônico, como quem diz "aproveite para pensar em Sócrates e Platão", talvez por eu insistir em entender os eventos e os ventos que sopram sob a linha do Equador, onde o sol bronzea epidermes de seres humanos e desumanos; nesta hora eu pensava mesmo em Maga, que sempre me levava ao zoológico para ver o jacaré Josué de olhos e garras abertos para me abraçar. Aproveitei o silêncio à beira rio, já que Arnóbio saíra à procura de um local (não se justificava procurar moita, para se esconder, pois não havia uma viva alma, além de nós e de outras espécies, que respeitam a natureza), para fazer suas necessidades fisiológicas, voltei às minhas lucubrações filosóficas à cerca do sentido da existência, enquanto lá, no zoológico, Josué me esperava para o abraço fatal.



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*  Os jacarés e os caimões (ou caimães) são répteis da ordem Crocodylia, que é dividida em três famílias: GavialidaeAlligatoridae,Crocodylidae.
Jacarés pertencem à família Alligatoridae e são animais muito parecidos com os crocodilos, dos quais se distinguem pela cabeça mais curta e larga e pela presença de membranas interdigitais nos polegares das patas traseiras. Com relação à dentição, o quartodente canino da mandíbula inferior encaixa num furo da mandíbula superior, enquanto que nos crocodilos sobressai para fora, quando têm a boca fechada.[1] O tamanho de um jacaré pode variar de sessenta centímetros (jacaré-anão) até 5,5 metros (jacaré-açu), podendo pesar de três a quinhentos quilos.


Fonte: Wikipédia.