![](/usuarios/64920/fotos/1123926.jpg)
A Mulher Feia
Ao olhar-se no espelho, Feia recuou maravilhada: no lugar das faces encovadas e pálidas, maçãs salientes e rosadas; os olhos, antes nodosos e quase sem brilho, agora ampliados numa luz cor de mel a iluminar-lhe o rosto... A desenhar-lhe a boca, lábios polpudos e bem delineados. E as sobrancelhas? Intensas e vivificadas num traço perfeito. Emoldurando-lhe a fronte lisa, sem qualquer marca, bastas e ricas madeixas castanhas cambiando para o dourado...
Não, não! A coisa não parava por aí! Feia sorriu. Uma fieira de dentes de marfim lhe correspondeu... Feia cantou. A voz lhe veio vibrante, entoada e cristalina, alcançando o estrídulo das cigarras. Feia valsou: era quase um cisne, tal a leveza do corpo agora escultural, de membros bem torneados e cinturinha de formiga. Sim! Era uma mulher do outro mundo!
Jornais, revistas, TVs, rodeavam Antiga Feia querendo saber sobre o fenômeno. Ela não sabia o que dizer, embora um pensamento insistente teimasse em levá-la à estranha mulher que lhe passara um pacotinho na Praça da Catedral, no dia anterior... “Extrato de Psonalinamíntpes”. Será? Seria?
Não, não! A coisa não parava por aí! Feia sorriu. Uma fieira de dentes de marfim lhe correspondeu... Feia cantou. A voz lhe veio vibrante, entoada e cristalina, alcançando o estrídulo das cigarras. Feia valsou: era quase um cisne, tal a leveza do corpo agora escultural, de membros bem torneados e cinturinha de formiga. Sim! Era uma mulher do outro mundo!
Jornais, revistas, TVs, rodeavam Antiga Feia querendo saber sobre o fenômeno. Ela não sabia o que dizer, embora um pensamento insistente teimasse em levá-la à estranha mulher que lhe passara um pacotinho na Praça da Catedral, no dia anterior... “Extrato de Psonalinamíntpes”. Será? Seria?