PRIMEIRO ENCONTRO
No metrô, a caminho de encontrá-la pela primeira vez, reflito. Ouvir um longo solo de trompete executado por Chet Baker é como se entupir de melancolia, sem ficar enjoado. É como imaginar uma longa distância a ser percorrida numa estrada plana, sem cores definidas, mas com um forte predomínio de cinza. É deixar-se invadir por uma calma apavorante que circunda cada centímetro do sistema nervoso.
Ah, é gostoso ouvi-lo, enquanto o condutor anuncia a sucessão de estações; e eu nem sei se ela gosta de Chet Baker.