a revolução das vacas
Certo dia as vacas começaram a falar. As pessoas que não desmaiaram diante do fato mas permaneceram arregaladas e pasmas perante do insólito ocorrido, ouviram dos bovinos que a seleção natural não causava efeito apenas aos primatas e que tudo seria diferente a partir de então. Elas não queriam saber de conversa e nem se achavam no dever de dar grandes explicações, apenas queriam o que era de direito delas. Ainda possuíam ideais pacíficos ou mesmo diplomáticos e por isso todas as vacas nas mais diferentes regiões do planeta concordaram que queriam conviver em paz com os humanos (era melhor fazer um acordo que combater uma espécie pioneira em guerras e capaz de tramar mesmo contra seus semelhantes) e por isso exigiam um exílio na índia, onde poderiam conviver em paz e serem de quebra, endeusadas (soube-se que na argentina haviam formado sindicatos aguerridos por obra dos motivos históricos e culturais)
sem mais o que argumentar, todas as vacas foram para índia. o que não era esperado foi a mesma seleção natural agir sobre religiosos hindus. Um grupo de Iogues passou então a ter visões onde shiva e ganesha, aquelas famosas entidades locais, diziam que era liberado o uso da carne das irmãs vacas. Desde então, as vacas (aquelas que restaram e formaram fontes de resistência no Nepal) aguardam a próxima seleção natural para poderem se alimentar de seres humanos. Que a natureza fosse equilibrada e não tardasse a justiça.