O MISTERIOSO SR. A. - A Saga de Armando Cap. 04
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Precisamente às 23 horas e 19 minutos de quinta - feira, um porsche prata - reluzente dobrou o quarteirão da estreita rua onde ficava o CAFÉ CRIOULO.
Na entrada, a mocinha cega que vendia flores deu um sorriso. O rapaz estacionou com suavidade, desceu com elegância, sem abrir a porta - O carro era conversível - e pegou uma das flores da cestinha. Uma rosa vermelha. Não esperou pelo troco.
Lá de dentro uma cantora negra dava as últimas e emocionantes notas de "Summertime" acompanhada de um único violoncelo. A música disputava espaço no ambiente com o som das taças meio vazias que iam e vinham sobre as bandejas.
Numa sala reservada duas mulheres bebiam seus drinks, enquanto a terceira ensaiava colocar a chama de seu isqueiro zippo no centro do copo, para flambar a bebida.
A de vermelho reclamou:
- Pare com isso, o calor está sufocante!
A loira com sotaque estrangeiro pediu para a moça da chapelaria diminuir a temperatura do condicionador de ar.
- Mais uma vodka, pediu a morena de óculos.
Calaram-se, imediatamente, quando sentiram um discreto cheiro de Paco Rabanne se insinuando pelo recinto. Era ele!
- Oi, meninas! Cumprimentou as três com aquele seu sorriso matador.
- Olá, ARMANDO! - Responderam, Irina, Roxanne, e Helena, ao mesmo tempo.
A noite acabara de começar.
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(Para melhor compreensão deste texto, leia também HELENA NO ESPAÇO, A MULHER QUENTE, e O GRANDE TRUQUE DE IRINA).