Uma Consulta, Um Encontro
Tinha ido até o hospital do câncer de sua cidade para os exames de rotina que fazia todos os anos porque há doze anos tiveram um câncer. Estava lá sentada, esperando ser chamada para ser atendida por seu médico, quando vê uma criança segurando na mão se mãe andando pelo corredor, deveria ter no máximo cincos anos de idade porque sua dentição ainda era de leite.
À medida que ia passando pela as pessoas que estava lá ou esperando à hora de ser chamado para a consulta ou como acompanhante dos pacientes, ele ai dizendo oi para as pessoas, mas ninguém se dignava a responder o cumprimento da criança.
Quando ele chegou até a mim, disse oi, abri um sorriso para ele dizendo, oi tudo bem com você? No que ele respondeu de pronto que sim, já soltando da mão de sua mãe, vindo ao meu encontro, passando sua mãozinha infantil por meu rosto me perguntando se eu havia chorado por ele. No que respondi que sim, mas penso que ele queria dizer se eu havia orado por ele. Perguntou se podia me dar um abraço eu disse que sim.
Nunca em minha vida ganhei um abraço gostoso como o que ele me deu. Disse ainda se eu podia orar para ele, respondi sim, fiz uma oração ele abraçado comigo, quando terminei, me deu um beijinho no rosto me dizendo que iria tirar sangue, logo voltaria, disse vá com a mamãe. Antes de ir, e contou que seu nome era Pedro, que era um soldadinho de Jesus porque lutava contra uma doença ruim.
Todos que estavam sentados perto de onde me encontrava encheram os olhos de lágrima ao ver a cena, um senhor que estava acompanhando um paciente falou-me com a voz embargada, os olhos cheio de lágrimas que havia tirado uma foto porque a cena tinha sido muito profunda, terna e emocionante. Sorri para ele dizendo tudo bem.
Fiquei pensando comigo quando o Pedrinho voltar, já não mais estar aqui para dar tchau, penso que o médico me chamará neste meio tempo. Mas não, ele voltou antes, quando ia passando sua mãe disse, filho, olha a sua nova amiga ainda esta aqui esperando.
Novamente ele soltou a mão dela, correndo ao meu encontro me mostrando seus bracinhos me contando que havia tirando sangue, que não chorou, falei que ele era muito forte e valente por isso não havia chorando. Perguntou se podia me dar outro abraço antes de ir embora. Claro que sim respondi me abraçou tão gostoso quanto ao primeiro abraço, me disse tchau fica com Deus, responde você vá com Ele me respondeu amém indo embora todo feliz.
Não sei se ele tinha leucemia ou outro tipo de câncer não tive coragem de perguntar a sua mãe só sei que ele não estava triste, se sentia feliz e muito confiante por ser ele um soldadinho de Deus como ele disse-me. Encontro assim vale por uma vida toda, em meu íntimo disse para mim mesma Catarina esse é um momento único e especial em sua vida.
Lucimar Alves