CONTRIÇÃO

Os nós dos dedos estavam sem cor. Crispou as mãos numa oração como se quisesse arrancar de Deus uma saída instantânea para seu apavorante desespero.

Suando, ouviu: tio me dá uma moeda. Girou a crispação da mão esquerda num soco potente. Derrubou um garotinho maltrapilho e de mão estendida.

Cleo Ferreira
Enviado por Cleo Ferreira em 13/05/2015
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