Mais um
O menino guardou no peito a lembrança de casa. Sozinho, levava apenas memórias, não exatamente felizes, mas suas memórias.
Pelo seu rosto percebia que o tempo passara... de menino tinha, somente, o coração.
Na mala levava saudades, alguns momentos e solidão.
Tinha na mão uma flor murcha, que um dia planejara dar...
Ninguém sabia seu nome... talvez ele soubesse, ou já esquecera.
Coisas são esquecidas, deixadas para lá, guardadas e chaveadas, e quando se percebe estão empoeiradas.
O menino não chorava, não ria, não pensava. Ele sobrevivia ao seu tempo, esperando o relógio indicar o fim de sua hora.