encarcerado

Assim que nasceu conheceu a prisão do seu nome antes de aprender a pronunciá-lo. Um dia vieram as senhas, o CPF, CNH, RG, etc. Todas as manhãs antes de se barbear ignorava quem era o homem do espelho, nem sempre ele teve barba ou cabelos no nariz e na orelha. Quando morreu era páscoa e lhe deram uma certidão de óbito cujo o número, pelo menos este, não tinha obrigação de saber.

daniel mafra
Enviado por daniel mafra em 31/03/2015
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