A culpa
Maldito sentimento de culpa, sem raíz, sem origem, indefinido. A mariposa desenhava órbitas em espirais doentias sem tocar a lâmpada incandescente, projetava sombras pela sala e aquilo já lhe roubava a sanidade sem que se desse conta disso. Mas que assombração! desligou o rádio e a televisão. Trancou a casa, uma volta na fechadura. Andou algumas ruas e encontrou um rapaz rindo alto de um amigo, não pensando duas vezes atacou os dois com um pedaço de ferro até que desmaiassem. Deixou-os ali, na escuridão do horário nobre, agora tinha um motivo pra se sentir culpado. Procurou uma igreja mas estava fechada, aberto somente mesmo a porta de um bar.