Num mundo estranho, as pessoas praticamente não se falavam mais. Ouvir o som da voz de alguém era algo raro, apenas para quem fosse muito íntimo.
Quase já não fazia mais diferença ouvir ou falar, já que a comunicação geralmente ocorria por conhecidos códigos emitidos por avançados e curiosos aparelhos. E tais apetrechos, portáteis ou não, eram quase uma parte do corpo desses seres estranhos.
Alguns seres sequer conseguiam fazer suas necessidades fisiológicas sem utilizá-los de alguma forma. Como era um facilitador de conquistas amorosas, os aparelhos faziam um enorme sucesso! Através de alguns grupos formados para otimizar a utilização dos mesmos, era possível o acesso a uma infinidade de outros seres da mesma espécie, para amizade ou algo mais. Inclusive, até mesmo sexo era possível se fazer com tais aparelhos...
E assim, os seres que antes eram viventes, possuíam uma existência real, tornaram-se “cyberseres”... Plugados, conectados, descorados, descompensados, despersonalizados, automatizados e altamente desumanizados.
“- Alô! Quem fala?
- Sou eu, querida. Como está você? Tudo bem?”
(Esse som ficou vagando no espaço através de ondas sonoras que já não eram mais usadas pelos seres do Cybermundo, mesmo sendo possível fazê-lo, também, através dos aparelhos individuais de emissão e captação de som a curta, média ou longa distância).
Quase já não fazia mais diferença ouvir ou falar, já que a comunicação geralmente ocorria por conhecidos códigos emitidos por avançados e curiosos aparelhos. E tais apetrechos, portáteis ou não, eram quase uma parte do corpo desses seres estranhos.
Alguns seres sequer conseguiam fazer suas necessidades fisiológicas sem utilizá-los de alguma forma. Como era um facilitador de conquistas amorosas, os aparelhos faziam um enorme sucesso! Através de alguns grupos formados para otimizar a utilização dos mesmos, era possível o acesso a uma infinidade de outros seres da mesma espécie, para amizade ou algo mais. Inclusive, até mesmo sexo era possível se fazer com tais aparelhos...
E assim, os seres que antes eram viventes, possuíam uma existência real, tornaram-se “cyberseres”... Plugados, conectados, descorados, descompensados, despersonalizados, automatizados e altamente desumanizados.
“- Alô! Quem fala?
- Sou eu, querida. Como está você? Tudo bem?”
(Esse som ficou vagando no espaço através de ondas sonoras que já não eram mais usadas pelos seres do Cybermundo, mesmo sendo possível fazê-lo, também, através dos aparelhos individuais de emissão e captação de som a curta, média ou longa distância).