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Trocou algumas palavras com o desconhecido numa esquina pouco movimentada. Trouxe instintivamente a bolsa mais para junto de si num típico gesto de defesa de quem vive sobressaltada. O estranhou afastou-se. Rezou baixinho tentando conter a ansiedade. Um leve toque no ombro. Saltou gritando um estridente ai. Era o marido que também se dirigia ao ponto de ônibus. “Você ainda me mata de susto”.

Cleo Ferreira
Enviado por Cleo Ferreira em 19/02/2015
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