DOROTY
Você estava solitária e triste esperando a noite acabar num bar sórdido de beira de estrada, quando teve o último fio de atenção despertado pelo ronco incômodo de um motor judiado. “Você deveria deixar a lua despedir-se tranquila”, disse para estranho de aparência desgrenhada. Sem dizer palavra, ele depositou as chaves sobre o balcão e cobriu seus cabelos ruivos com o chapéu surrado. Puxou a aba sobre a banda esquerda do rosto sonolento. “Há tempo para arrematarmos uma garrafa antes que o sol nos expulse”, disse num tom baixo.