espelho
Foi a Delegacia e confessou um crime. Mostrou lá uma navalha com o mesmo sangue vivo que trazia nas mãos e na camisa branca mas pediram que pegasse uma senha, que se sentasse junto aos demais, que tivesse paciência e esperasse sua vez. Indignado, balançou a cabeça, reclamou da demora e deu seu telefone residencial. Maldita impaciência, pensou o policial enquanto digitava os dados de uma senhora de 80 anos algemada e via o mesmo cidadão ensanguentado sair pela porta dizendo horrores com um furioso olhar de soslaio em sua direção.