Miniconto: I Quattro amici
Desceu a avenida Severino, sem rumo certo,
Procurando prosa
feito um menino,
procurando outros meninos procurando jogo.
Passou pela praça da Matriz,
Andou até o Botafogo.
Meio decepcionado,
mas não vencido, voltou ensimesmado até a praça.
Que alegria!
Topou com velhos camaradas, que há muito não via.
Cheios de graça,
sorrisos largos, brilho nos olhos em rostos marcados,
embaixo de florestas brancas, ou de planícies lisas;
Se abraçaram e decidiram enfrente a velha cadeia,
sentar em um banco pra prosear, matar a saudade contar histórias;
de conquistas, glórias,
desde o tempo da imigração.
Sorriam tanto e tanto,
que o tempo cheio de espanto,
parou,
e também sentou para escutar.
Mas se encantou e adormeceu.
Quando despertou, meio desconcertado
pediu um tempo e foi embora;
Dizendo que voltaria outra hora
para busca-los.
Dizem que os mais sensíveis
que podem ver seres para nós invisíveis,
que os quatro amigos ainda estão lá,
Contando histórias de se alegrar
Encantando os anjos e os marmanjos.
Contam que já viram até arcanjos,
assessores diretos do criador,
ali escutando casos de Santa Rita;
Mas fazem ouvidos de mercador.